lá fora… rugido do vento … na janela, chuva a bater… meus sentidos, atiçados … sons que incomodam… perturbam meu estar noite arrevesada mas… mais uma noite espero… o romper de luz sol a nascer… olhar não sinto vontade de nada … apenas de desoprimir … respirar… … sentir somente a pujança de meu eu não que tenha algo a provar tento só atentar o que envolve meu ser … meu caminhar escapar das sombras que inquietam … certos receios.. meus olhos nunca lêem medo … são minha janela para o que pode advir da invisibilidade de certos momentos
Quando surge e não esperas … um anjo de luz chega… agasalha… te dá seu calor … ilumina , bane o vazio da noite coração gracioso… repleto de ardor …obriga magoa a partir…
te aconchegas em seu gesto de amor … seus beijos… definitivamente rendido … tua alma entregas renasces … vives com cor caminho que encontras… não andas perdido
Mais uma como tantas outras véu negro, solitário inclemente … para não variar … tuas memórias provoca cada uma, seu cenário … palcos de vida… os faz recordar
Trajada de inúmeras faces… enigmática, sombria romântica… rosto da pura magia a seu toque não escapas, nem tentes …ela… a noite, desperta em teu ser o deleite que te faz escrever
Quando a dor te molesta com sorriso a disfarças ... ocultas lágrima sofrida a guardas, mas… e o que custa… sei… que a magoa não te arrasta... nasces, renasces … enfrentas dor sentida
firme, sólido tal qual raízes de um carvalho velho … machado de aço gélido a avassalas, sem nunca dobrar o joelho