19/09/09

lá fora… rugido do vento




lá fora… rugido do vento
… na janela,
chuva a bater…
meus sentidos, atiçados
… sons que incomodam…
perturbam meu estar
noite arrevesada
mas… mais uma noite
espero… o romper de luz
sol a nascer… olhar
não sinto vontade de nada
… apenas de desoprimir
… respirar…
… sentir somente
a pujança de meu eu
não que tenha algo a provar
tento só atentar
o que envolve meu ser
… meu caminhar
escapar das sombras
que inquietam
… certos receios..
meus olhos
nunca lêem medo
… são minha janela
para o que pode advir
da invisibilidade
de certos momentos



scorpio

18/09/09

Quando surge e não esperas




Quando surge e não esperas
… um anjo de luz
chega… agasalha… te dá seu calor
… ilumina , bane o vazio da noite
coração gracioso… repleto de ardor
…obriga magoa a partir…

te aconchegas
em seu gesto de amor
… seus beijos… definitivamente rendido
… tua alma entregas
renasces … vives com cor
caminho que encontras… não andas perdido



scorpio




Mais uma como tantas outras




Mais uma como tantas outras
véu negro, solitário
inclemente … para não variar
… tuas memórias provoca
cada uma, seu cenário
… palcos de vida… os faz recordar

Trajada de inúmeras faces…
enigmática, sombria
romântica… rosto da pura magia
a seu toque não escapas, nem tentes
…ela… a noite, desperta em teu ser
o deleite que te faz escrever



scorpio

13/09/09

Posso não ter vivido tudo o que escrevo




Posso não ter vivido tudo o que escrevo
mas é deveras sentido
não é fingir
muito menos mentir

Simplesmente me liberto
solto o furor de minha mente
dou luz a minha dor, lamento
… meu amor de gente

Escrever…é emancipar algo latente
… magia constante em meus olhos
meu toque no coração de quem sente


scorpio

Quando...




Quando a dor te molesta
com sorriso a disfarças ... ocultas
lágrima sofrida
a guardas, mas… e o que custa…
sei… que a magoa não te arrasta... nasces, renasces
… enfrentas dor sentida

firme, sólido
tal qual raízes de um carvalho velho
… machado de aço gélido
a avassalas, sem nunca dobrar o joelho



scorpio