… és amor insano …
que instiga saudade
… capricho em minha vontade
és nervo… me faz humano
continuo amar-te
… sempre amei
caminho ao sonhar-te
… sempre sonhei
tu adivinhas meus olhos
… me enxugas a mente
aconchegas meus ímpetos
… terno… teu colo quente …
scorpio
quando esqueço e não me encontro,
ando na rua, nem me vejo, em sombras
não apareço!
sou quem sou!
ou apenas outro?
olho, olho, não me revejo.
deixei de ser quem sou.
serei gente de outro tempo?
ou do tempo serei agente?
será que a vida deixei … ou deixou?
a morte antecipo ou a vida não sente ?
coisa estranha, mas vivida,
busco o sol e não encontro.
cegueira que aparece apenas,
estranheza deveras sentida.
sou só eu? ou eu mais outro?
avivo e sou ,
eu, mais eu, de costas viradas!
scorpio
não resisto a teu olhar
…a teu modo de tocar
corpo que inflamas
… mente que encorajas
sou barco á deriva
em maré de teu querer
frenético anseio… possuir … ter
…pura concepção lasciva
em ti consagro meus beijos
… derramo meu ser
amor… de homem, mulher
como um só… nutrimos nossos desejos
scorpio
Bastas vezes se confundem
… as gentes com meu estar
falam, agem sem ponderar
tentam pisar … ofendem
trocam, esquecem…
… bondade, generosidade
por languidez, fragilidade
pobres mentes que apodrecem
pessoas banais, na vida de tanta gente
exteriorizam quem nunca foram
… funesto bando que nem sente
a dor dos que sofreram
figuras tais, não dou palco… espaço
pois morrem sem nascer
á subtileza de meu aço
enfim… pobre gente, que sofre e não quer ver
scorpio